Em 15 de dezembro de 2017, foi aprovada a BNCC, em sua quarta versão, numa votação que marca mais um avanço das políticas golpistas. Contra 20 conselheiros alinhados às fundações, institutos e empresas que ameaçam o que há de público na educação pública, as Conselheiras Marcia Angela Aguiar (que foi presidente da ANPEd), Malvina Tuttman (que foi presidente do INEP) e Aurina de Oliveira Santana defenderam incansavelmente o direito à educação laica, democrática e plural como vêm fazendo em sua brava atuação no CNE. Parabenizamos e agradecemos as ações das conselheiras na defesa da educação de qualidade social.
Desde 2014 lutamos em todas as instâncias para evitar este retrocesso na política educacional brasileira nos manifestando em debates, documentos, fóruns e sobretudo junto ao MEC, outras agências governamentais, e também junto ao CNE contra a unificação dos conteúdos via apostilização do ensino com base no tratamento igual dos diferentes. Nossa posição de que a BNCC, em seus princípios e metodologia de elaboração sem consulta à comunidade educacional afronta a condição de democracia para gestão e currículos além de abduzir a pluralidade dos conhecimentos escolares e desqualificar o trabalho docente é pública e expressa nossa preocupação com o aumento da desigualdade e da exclusão social.
ANPEd – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
ABdC – Associação Brasileira de Currículo
Fonte: http://www.anped.org.br/news/anped-e-abdc-lamentam-aprovacao-da-bncc-pelo-cne