Foto: Jordana Mercado
No primeiro dia de celebração do Centenário de Paulo Freire, na manhã deste sábado (17), em Recife (PE), trabalhadores/as da educação de todo país e do mundo se reuniram para falar da política na perspectiva feminista na América Latina. Os assuntos que marcaram o Encontro da Rede de Mulheres Trabalhadoras da Internacional da Educação (RED) para a América Latina foram igualdade de gênero e de classe e o fim de qualquer tipo de violência no local de trabalho e na vida.
Com o plenário lotado e todo lilás, trabalhadores/as da educação lembraram os mais de dois anos da pandemia, que os/as mantiveram distantes, e da importância do reencontro para fortalecer a luta e a organização das mulheres. Antes ainda de começar, os/as participantes do encontro da RED homenagearam as vidas perdidas pela Covid-19. Todos/as escreveram, em pequenos papéis, os nomes dos entes e amigos vítimas da doença no país.
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“Somos sobreviventes desta crise sanitária mundial e também de diversos governos neoliberais e tudo isso nos permitiu estar aqui, com compromisso de luta de classe e feminista para seguirmos defendendo a vida e a educação e políticas públicas em abundância. Estamos celebrando a vida, conjugando o verbo esperançar de Paulo Freire e reafirmando o compromisso com um novo amanhã que há por vir”, afirma a secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), Fátima Silva.
Esta esperança por dias melhores foi demonstrada em vários momentos do encontro. A doutora em Ciência Sociais, militante da Marcha Mundial das Mulheres e ex-secretária de Políticas Públicas para mulheres do governo Dilma Rousseff, Tatau Godinho começou sua exposição lembrando que a educação de Paulo Freire é justamente o esperançar.
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Ela ressaltou que se o patrono da educação tivesse vivo falaria para não perder a coragem e a esperança na luta pela educação pública, a igualdade e pelo fim da violência. Para ela, educar é fundamental para um mundo sem preconceitos, para reconhecer que a especificidade de cada um de nós é uma riqueza social e perceber que a humanidade de cada uma delas não passa pela cor da pele, orientação sexual, pelo gênero ou sexo.
“Educar é esperançar e a esperança mobiliza e transforma a nossa visão de mundo. A luta exige energia e ela é dada pelo trabalho coletivo e o acreditar num ideal de futuro e por isso é muito importante este encontro latino-americano e feminista como mulheres que lutam contra o racismo e todas as formas de discriminação com palavras nas ruas, nas roças e em todos os lugares que passamos, principalmente na escola, um lugar de mudança de mundo”, destacou Tatau.
Esta esperança por dias melhores foi demonstrada em vários momentos do encontro. A doutora em Ciência Sociais, militante da Marcha Mundial das Mulheres e ex-secretária de Políticas Públicas para mulheres do governo Dilma Rousseff, Tatau Godinho começou sua exposição lembrando que a educação de Paulo Freire é justamente o esperançar.
Na parte da tarde, as trabalhadoras e os trabalhadores da educação falaram sobre os problemas de mulheres, alunos/as e docentes na pandemia e destacaram a importância das políticas de gênero nos sindicatos. A RED continua neste domingo (18) com uma homenagem às mulheres presidentas de organizações Sindicais da Educação e a exposição “A voz das educadoras Latino-americana na perspectiva feminista”.
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A atividade foi finalizada com a apresentação da canção da Campanha da Convenção 190 da OIT feita pela Y Somos Todas.