Compartilhe

O desmonte da educação superior, a financeirização e a privatização foram os temas abordados na roda de discussão do segundo dia de trabalho da Plenária Nacional do Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), nesta sexta-feira (30), em Brasília (DF). As apresentações foram conduzidas por Natália Duarte, da Associação Nacional de Política e Administração da Educação  (Anpae), e Gil Vicente Figueiredo, da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes).

Natália alerta para o cenário de desigualdade do país, a falta do olhar para a pobreza e a supervalorização da corrupção como principal problema do Brasil. “O FNPE tem a responsabilidade de desconstruir a narrativa moralista e preconceituosa contra a educação e ser resistência nas escolas”, sugere a educadora.

Para Gil Vicente, o país vive problema estrutural, que demanda a realização da reforma política. Segundo ele, sem a qual não se consegue enfrentar a questão do fundo público x capital. “30% do orçamento público vão para beneficiamento privado. É essencial reduzir os altíssimos juros, diminuindo os lucros abusivos do grande capital e estimulando o setor produtivo”, esclarece o palestrante.

As apresentações foram seguidas de debate com os participantes do evento. À tarde, o grupo se dedicou à definição de ações estratégicas e prioritárias do FNPE em 2019. A Plenária Nacional, realizada nos dias 29 e 30, no auditório da CNTE, teve por objetivo promover ampla análise da conjuntura, realizar diagnóstico das eleições de 2018 e planejar a incidência das entidades da área educacional na luta em defesa da educação pública de qualidade.