“Nada, em nenhuma hipótese investigativa, justificaria a invasão da UFMG e a condução coercitiva sem base legal de seu reitor”, diz a nota.
Diante da violência cometida contra a Universidade Federal de Minas Gerais e seus dirigentes na madrugada de hoje (6/12), o PARTIDO DOS TRABALHADORES denuncia e exige a apuração imediata de mais um flagrante abuso de autoridade por parte de agentes públicos federais.
Nada, em nenhuma hipótese investigativa, justificaria a invasão da UFMG e a condução coercitiva sem base legal de seu reitor, da vice-reitora e de renomados pesquisadores.
Assim como ocorreu no caso que levou ao suicídio do reitor Carlos Cancellier, da UFSC, foram violados os direitos dos cidadãos e a autonomia universitária, numa ação dirigida para humilhar, intimidar e destruir, através da mídia, a reputação das vítimas.
O Ministério da Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça têm de prestar contas à sociedade, diante da banalização destes abusos, por parte de policiais e procuradores, e de juízes de primeira instância que os referendam.
É ainda mais grave que, no caso da UFMG, o abuso de poder tenha se dirigido a um projeto – o Memorial da Anistia – que simboliza exatamente a luta da sociedade brasileira contra a ditadura e o pleno restabelecimento da democracia e do estado democrático de direito.