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O lançamento da Conferência Nacional Popular de Educação (Conape), na manhã desta terça-feira, 17, no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa, foi marcado por manifestações em defesa da educação pública e de repúdio às políticas adotadas pelos governos federal, estadual e municipal de desmonte dos sistemas de ensino e desvalorização dos professores.

A Conape Nacional se realiza de 26 a 28 de abril de 2018, em Minas Gerais, e é organizada para debater uma educação pública, popular e democrática de qualidade e avaliar Plano Nacional de Educação.

O evento teve também a instalação do Fórum Popular Estadual de Educação (FPEE), composta por entidades da sociedade civil e dos movimentos sociais que irão organizar as conferências municipais/regionais e a Conferência Estadual Popular de Educação, que se realiza nos dias 9 e 10 de março de 2018.

Participaram do lançamento pais, alunos, professores e representantes de entidades das mais diversas áreas, organizações da sociedade civil, movimentos sociais, sindicais, dirigentes de universidades, institutos federais e de escolas. “Num momento em que o poder público abre mão de debater a importância da educação pública e de qualidade, a sociedade civil tem que se levantar, unir forças e dizer que não vamos deixar retroceder o que conseguimos conquistar com muita luta até aqui”, afirmou o presidente da ALRS, deputado Edegar Pretto (PT).

Para Adércia Bezerra Hostin dos Santos, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), da coordenação executiva do Conape e uma das painelistas do seminário, o encontro visa organizar o processo da Conferência Nacional Popular de Educação, que se dá num momento de proposição de reformas conservadoras pelo governo federal, com perdas de direitos. “Neste momento, temos um projeto educacional do país que está em jogo, que não é de um governo, mas de Estado e que foi debatido democraticamente nos processos de conferências de 2010 e 2014. Temos ainda uma série de medidas de austeridade imposta ao país de corte e de congelamento de gastos (PEC 95, que congela por 20 anos os investimentos em saúde, educação, entre outros). Somente essa PEC, sem falar do restante das outras questões, já inviabiliza o PNE”, afirmou Adércia.

O Sinpro/RS, que integra o Fórum Popular Estadual de Educação, foi representado no evento pelo diretor Celso Stefanoski, que destacou a “importância dessa retomada da mobilização da sociedade e das entidades na organização das conferências com vistas à garantia de uma educação pública, democrática, laica e de qualidade”.

Sinpro/RS – 17/10/2017