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Um país que se preocupa com o seu futuro é um país que investe em educação, ensino e pesquisa científica. Esse investimento produz riquezas, altera o curso das suas produções
e consequentemente da economia, proporcionando a sua população um futuro próspero.

Na contramão da política de educação progressista e com base em uma política econômica anti-povo, no medo e na mentira, o governo Bolsonaro elege como um de seus principais alvos
a Educação. A ação não é apenas mais um desmando do ultraliberal que se elegeu com os falsos argumentos do combate à corrupção, da ética e da modernização do país. O objetivo principal de Bolsonaro ao realizar o processo de liquidação da Educação é impedir que pensamentos críticos se criem e transformem a sociedade, e que o  medo, fundado na ignorância e gerado pelo ódio, seja o agente da estagnação da luta popular contra a opressão e em defesa de direitos.

Projetos como o Escola Sem Parti- do, a militarização das escolas e, mais recentemente, o anúncio do corte de 30% da verba da Educação (atingindo o nível superior, médio e básico) têm o claro objetivo de dar marcha ré na construção de uma Educação Libertadora, como defendia Paulo Freire – e está aí o motivo do ódio de Bolsonaro e seus seguidores disparado contra o educador, pedagogo e filósofo brasileiro. Bolsonaro quer que escolas, universidades e institutos de ensino se tornem meras “fábricas de reacionários”, como definiu o sociólogo português Boaventura Sousa Santos. E a prova disso é a escolha dos ministros indicados para a pasta da Educação.

A gestão do MEC passou de Ricardo Vélez, marcado pela crença de que “universidade não é para todos”, para Abraham Weintraub (indicado por Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro), para quem universidade é local de “balbúrdia”.

O pensamento tacanho de que a obscenidade contra a Educação segui- ria a galope, sem resistência popular, vem sendo deslegitimado com cada vez mais força por uma população que já não mais se aquieta em ser separada entre casa grande e senzala. E é neste contexto que se constrói a greve geral da Educação do dia 15 de maio. O pro- cesso de mobilização, que vem levando milhares de estudantes, professores e trabalhadores da Educação a atos e assembleias, se intensifica em todos os cantos do país.

O movimento paredista, legitimado pela sociedade, também traz consigo a luta contra a reforma da Previdência, uma das propostas mais cruéis de Bolsonaro, já que inviabiliza as aposentadorias e retira direitos principalmente dos que estão em situação de vulnerabilidade social. A greve da Educação do dia 15 de maio, neste contexto, se mostra como o abre-alas para a greve geral do dia 14 de junho, quando a classe trabalhadora de todo Brasil vai parar para evitar o retrocesso de uma vida toda.

Pela coerência e urgência, as centrais sindicais do Distrito Federal, de forma unificada, não só apoiam, como se somam à greve geral da Educação, que se mostra um dos mais eficientes antídotos do fascismo, do ódio, do medo, da mentira, da miséria, da fome, da concentração de renda, do desemprego, da aversão à diversidade, da desapropriação de terras quilombolas e indígenas e da opressão de gênero que emolduram propostas e projetos de Jair Bolsonaro.

É através da unidade na luta que responderemos os desgovernos de Bolsonaro. As ruas mostrarão!